Sete dias Sem Fim (Jonathan Tropper)

Título original: This is where I leave You

Autor: Jonathan Tropper

Páginas: 295
Editora: Arqueiro

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Sete dias sem fim é aquele tipo de livro que você fica "isso aconteceu meeesmo?!" e meio assustada com a loucura dos
personagens. Mas é também o tipo de livro para se apaixonar.

Judd Foxman acabou de perder praticamente tudo: descobriu que sua esposa o traía há mais de um ano (com seu chefe, para melhorar), perde o emprego e de quebra, o pai. A família Foxman nunca foi especialista em demonstrar emoções. Acostumados a escondê-las, quando a notícia da morte do pai chega, não é surpresa nenhuma eles encararam a situação com humor. E para completar, o pai dos Foxman tem um último desejo: que os quatro irmãos se reúnam e cumpram sete dias de luto, acompanhando os preceitos da religião judaica. Para quem não consegue ficar mais que algumas horas acompanhado da família, sete dias é muito tempo. Tempo suficiente para também reconquistar os laços.

Judd de repente observa sua vida descer por um ralo, ficar sem propósito e direção. Sem emprego, esposa, amigos e agora sem pai, o que resta a nosso protagonista? A família? Ihhh. A família de Judd é extrovertida, complicada, barraqueira e nada solidária, então não se pode esperar uma palavra de conforto. Só contantes lembranças de que foi traído.

Apesar de tudo isso essa família é incrível. Me envolvi com os problemas de todos eles, ri com todos, fui cativada por todos. É impossível não rir dos pensamentos depreciativos de Judd, com as piadas de Phillipe, a indiscrição de Wendy.
Sete dias sem Fim foi um livro que conseguiu me transportar para as mais variadas emoções em uma rapidez incrível. Em um momento estou rindo (como uma louca, para ressaltar), em outro posso estar quase chorando, sensibilizada por alguma situação tragicômica; a uma certa altura com raiva de algum personagem, em outra morrendo de amores por outro. Foi uma excelente experiência, sem dúvidas.

O ponto alto do livro está com certeza no humor negro. Judd é um personagem altamente depreciativo e cômico. Pode a pessoa fazer piada da própria desgraça? O humor ácido me fez rir e ficar chocada ao mesmo tempo. Tem situações realmente embaraçosas. E muito barraco. É só você imaginar uma família que já não está acostumada a viver em comunidade e assistir às várias confusões. Diversão garantida. Além de que Jonathan Tropper tem uma narrativa maravilhosamente fluida. Sabe aquilo de "só mais um capítulo!"? Então, foi assim.

Em síntese, digo que "Sete Dias sem Fim" foi uma leitura altamente divertida e reflexiva. Recomendo sem hesitar.